Origem
A origem do SharPei é a China, e a sua história milenar começa por ali também. Os primeiros indícios é que ele tenha vivido na dinastia Han (206 a.C. a 220 d.C.), mas acredita-se que sua origem possa ter 2.000 anos pois é uma das raças mais antigas. A certeza surge no século 13 em documentos que descrevem um cão enrugado e provam a existência da raça. Por ter a língua azul igual a do Chow-chow, acredita-se também que tenham o mesmo ancestral.
Na década de 1970 foi tido como o cão mais raro do mundo. Isso porque a partir de 1949, com a revolução comunista de Mao Tse Tung, a posse de animais de estimação passou a ser proibida — levando ao sacrifício de todos os cães que não fossem comprovadamente usados para auxiliar o homem. A tradição de se alimentar da carne de cachorro da China pode ter agravado a situação. Em 1973, criadores na América passaram a disputá-lo tentando a sua procriação, e assim ele saiu da beira da extinção para se tornar popular. Conhecido pelas rugas ao longo do corpo, as dobras nos adultos podem aparecer apenas na cabeça, pescoço e ombros.
Caracteristicas
As características físicas do Shar Pei são corpo compacto e forte, medindo de 45 a 50cm de altura. Possui pelagem macia com presença de largas rugas, que nos filhotes são bastante presentes. Sua cabeça é grande em relação ao corpo, seu focinho é largo e possui lábios carnudos. As características do Shar Pei quanto à cor pode-se dizer que são sólidas, as mais comuns são: preto, vermelho-castanho, vermelho-mogno, fulvo-avermelhado, fulvo-claro, areia, creme ártico e azul.
Temperamento
O temperamento do Shar Pei pode começar sendo descrito como sério, independente, teimoso e autoconfiante. Embora não se expresse muito, são devotados e protetores da família que o acolhe. A raça Shar Pei é bastante desconfiada com desconhecidos, mas costuma se dar bem com outros animais da família. Ele recebe ordem apenas de seu dono, a teimosia o torna difícil de adestrar.
Doenças
As principais doenças do SharPei são a displasia coxo- femural, síndrome do Shar Pei, problemas na pele, olhos e lábios. Nos lábios, ele pode apresentar um problema conhecido como lábios apertados (tight lips), quando o lábio inferior começa a enrolar para dentro da boca, impedindo o crescimento da mandíbula e causando dificuldade na alimentação. A correção é feita de forma cirúrgica. As rugas na cabeça podem cair nos olhos, com isso as pálpebras e os cílios são enrolados para dentro, causando o entrópio (que pode levar à cegueira). Este é outro problema corrigido de forma cirúrgica.
Uma doença que pode assustar os proprietários da raça é a síndrome do Shar Pei — uma febre ocasional que provoca dificuldade de locomoção. Os veterinários não tem muito conhecimento sobre ela, mas é importante seguir o tratamento indicado. Quando se dá atenção ao animal de estimação, fica mais fácil perceber a aparição dos primeiros sinais clínicos. A vacinação também é importante e deve estar em dia para evitar doenças como a raiva. Os diagnósticos podem ser feitos apenas por um veterinário, por isso a visita periódica à clínica é fundamental como uma das formas de tratamentos preventivos. Preço
O preço de venda do Shar Pei pode variar de acordo com seu pedigree, histórico de doenças, sexo, entre outros. Os preços dos filhotes de Shar Pei costumam variar numa média de R$ 800 a 1.800 reais.
Cuidados Especiais
Os cuidados especiais do SharPei se referem, principalmente, à sua pele. Seu nome significa “pele de areia”, referência à textura da sua pelagem áspera e arenosa. Quando alisada no sentido contrario do nascimento dos pelos pode-se perceber como é áspera. Os donos desse cachorro precisam estar atentos à sujeira e à umidade que se acumulam entre as dobras, que podem causar seborréia, micose e dermatite.
É importante mantê-lo sempre bem seco, eliminando qualquer resquício de umidade. Os exemplares dessa raça que possuem pelo bem curto podem sofrer mais com irritações causadas pela própria fricção do pelo nas pregas. Eles precisam de atenção quanto à sua pele. Já quanto às atividades físicas, uma caminhada por dia é suficiente e, de preferência, devem viver dentro de casa.